segunda-feira, 4 de março de 2013

A Solidão....

Era tudo o que queríamos e precisávamos: ter um ao outro e fazer da noite testemunha do amor ardeste que nos consome a todo tempo. Era o que almejávamos há dias, tudo foi planejado e projetado para que aquela lua desse certo e se igualasse a perfeição. Mas houvera algo, um abismo, um muro de silêncio, uma força de atrito a nossas vontades, as palavras ruins tomaram o espaço do ar e foi penetrando seguindo trajeto dos pulmões, ao cérebro só parando de circular quando bombeou junto ao sangue no coração. O sentimento era de ira, por alguns míseros instantes, mas logo se transformou em culpa, decepção, tristeza, pena, medo, solidão. Por que solidão? Tudo foi planejado e estávamos ali, diante um do outro. Por que tamanha solidão? Por que palavras tão dolorosas?? A mera cena de dois anjos repousando um ao lado do outros se transformara um excesso de palavras e escassez de atitudes. Para que aquela tão sonhada noite não ficasse no The End torturante, triturei todo orgulho, defequei a tristeza e  apenas fiz uma leve contração dos músculos faciais, vulgo Sorri. Levar a vida no "tanto faz" ou "to nem aí", me evitaria todas essas lágrimas e sofrimentos bem lá no inicio da redação. 
Mesmo depois de ter mergulhado no prazer da noite a lição que tive foi que a pior solidão é aquela em que se está acompanhada e não pode ser evitada. A outra lição mais popular, mas que é bem intensa dentro de mim é: Perdoo, mas não esqueço.

Ah Solidão!



domingo, 16 de dezembro de 2012

É MAIS QUE JUSTO

"Me faça ciúmes. Me diga que estou sendo chata. Me diga que sou grossa. Me morda. Me faça cócegas. Me fale coisas lindas. Me faça sorrir. Me abrace. Me ligue. Me faça sonhar. Me faça uma música. Me diga qualquer coisa com essa sua voz linda. Me diga que vai sair com outra, e apareça de surpresa. Me mostre a realidade. Me dê conselhos, daqueles que só você sabe. Me dê esperanças, mas só se for se realizar. Me deseje sorte. Me ame. Mas o principal, se não pretende fazer essa ultima coisa, me faça te esquecer. É justo."

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Saudade, quem sabe

Encontro-me em eminência perante ao amor. Vendo as lembranças passeando como se fossem dois velhinhos numa praça em dia de sol percebo que elas não são tão passado assim, elas são o hoje, porém de uma maneira mais madura e concreta. Temo não poder mais revivê-las e ter que ficar nesse presente vazio, esperando um futuro promissor fazendo com que meu passado seja um leque onde é possível selecionar qualquer lembrança, trazer pro meu "agora" e fazê-la o hoje. Que confusão! Que chato! Daqui a pouco essas palavras vão se juntar a todo esse passado lindo e eu retomarei a esse vazio vasto. Passam sorrisos, passam as lágrimas, passam as brincadeiras, passam pessoas, passam verdades, passam as horas, os instantes, os segundos e eu aqui, intacta os vendo passar. Engraçado que eu me vejo em cada um deles, mas não consigo me resgatar. É como se eu quisesse entrar num mesmo rio duas vezes. É como se tudo fosse passado inclusive o "passado" que acabei de citar. Todos os pontos e vírgulas introduzidas nesse texto são já lembranças que sinto falta. Não é saudade! Embora parecidas há um paradoxo entre falta e saudade que muitas vezes não se tem definição sólida para se distinguir. A falta é uma conformidade de insatisfação, dói, machuca, corrói, é sem esperança. A saudade é um estado, te remexe, te faz chorar, mas te faz bem. E eu busco tudo o que me faz bem, então quem sabe esse vazio seja saudade só. Saudade de mim nessas lembranças doidas.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Me mostre que sou sua

Está muito forte agora. Eu sinto. Sinto quanto a gente se ama, o quanto eu preciso de você, o quanto minha felicidade depende do nosso nós, o quanto precisamos de nós mesmas. Logo eu, que sempre temi o efêmero, POR FAVOR não deixe com que ele me engane e me leve, pegue na minha mão e me resgate, me acolha, me abrace, me beije, me tenha e me mostre que sou sua, só sua. Me prove que o meu mundo é você, que tudo que estamos passando hoje não é em vão, que o seu sorriso depende do meu... Não me deixe vulnerável e desprotegida! Desculpas, só te peço, só te cobro, só te exijo. Aqui estou, inteira a ti, faça o que quiser. Não se intimide com meu imperativo, usa-me e me transforme no melhor pra ti que assim ficarei bem, porque meu eu corre em você... Não deixe que ele se perca, não mesmo! Muito menos para o efêmero.
linda

Por onde andei..



E, antes de se entregar, pergunte a quem te completa: Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Palavras, suspiros, olhares ..

Eu te olho como te olhei quando começamos a nos olhar com aquela retina que por brilhar já entregava os detalhes do que havia por traz. E hoje, eu vejo nesse mesmo olhar tudo o que está por traz e o que ficou pra traz. Vejo o nada que mudou o nosso tudo. Vejo o tudo que se tornou mais ainda. Aqui, neste lugar, sem lugar passado, presente e futuro são contemporâneos e desabam para o interior do seu próprio excesso de existência. Então observo tudo o que nos foi presenteado, desde os males até os mais sinceros sorrisos. Guardo. Mas a mágoa persiste, resplandece na desordem. Os meus olhos que já não são veem agora tudo o que foi, tudo o que poderia ser, tudo o que é. Concentro-me no que é! em meio a toda alegria, em dias chuvosos reflito sobre todos as lágrimas escorridas e concluo que nunca houve chuva, só as nossas lágrimas, às lágrimas de que fujo, uma vez mais, para o colo espelhento da nossa amizade imanente, moribunda, imortal... Eu quero tanto agora dar-te o amor total e infantil que tenho pra te dar, aquele mais ingênuo, o mais delicado, doce, prazeroso e forte. Quero te amar, me dedicar a você em cada suspiro, palavras, momentos. E esse será o meu objetivo até nos concretizarmos no sempre.

sábado, 12 de maio de 2012

Há tanta pouca realidade numa vida...

Morri tantas vezes antes de morrer - morri sempre que o amor parava, e o amor estava sempre a parar dentro de mim. Parava e crescia, comia tudo o que eu sabia. Eu imaginava frases novas como barragens contra essas vagas que me levavam. Mas as barragens caíam, eu voltava morta à praia, renascia a tremer de frio, na noite marítima. Então contraía de novo a minha barragem, agarrava-me aos meus mortos passados, presentes e futuros, envelhecia e renascia, engelhada e sôfrega. Falava. Falava incansavelmente do que sabia e do que desconhecia, esperava que me mandasse calar para ouvir apenas o vento das palavras definidas dançando como um louco descabelado nesse opaco interior do meu corpo...... Onde está agora o amigo imaginário da minha infância solitária? Morava-me no fígado, nos pulmões, no estômago e no sangue. Sempre que me sentia mal pedia-lhe que consertasse os fusíveis, que me limpasse as entranhas esburacadas, e ele obedecia. O caos era temporário, porque esse amigo imaginário, conferindo realidade à minha vida. Há tanta pouco realidade numa vida - bocados desgarrados de história, pedras voando pelo ar, chocando-se na estratosfera, curto-circuitando os nossos propósito. Amava esse curto-circuito, provocava-o. Para que a perfeição pudesse atingir-se com um só jato de riso.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Doeu... está doendo.

Choro. Não choro em vão. Eu choro um choro merecido, aquele que é acolhido pelo meu próprio silêncio, aquele que não deveria está presente, aquele tão lamentado, tão guardado, tão quieto, tão ingênuo, tão baixinho, tão meu. Tentei. Tentei de verdade não derramar novamente essa doce lágrima. Forcei, fiz de tudo para evaporá-la para o esquecimento, mas elas vieram como rasteira e deram uma banda no meu coração. Ah, pobrezinho. Sempre caindo nessas armadilhas, sempre sendo mais intenso que o necessário. Aliás, sempre sendo intenso como necessário, mas nunca sendo enxergado como merece. Doeu... está doendo. Nada que eu faça ou pense vai secar esse choro cansado, choro que não derrama mais lágrimas, choro da aceitação. Choro...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

me deixei levar..

Quando tudo parecia tão bem, tão normal e eu sentia que éramos tão fortes, tão nós, tão só nossa, as palavras foram evaporando e de uma maneira tão frágil o nosso "tomara que não mude" ou "se melhorar estraga" se transformou em exclamações de "eu não queria que mudasse!". Como pode um tempo verbal influenciar tanto em dois corações?  Quando eu dizia que a minha saudade era só sua e que era a saudade mais gostosa que eu já senti, eu não menti. Mas se eu pudesse escolher não senti-la nesse momento, essa seria a minha opção. Já não se pode mais definir como saudade e sim falta.. Falta de cada beijo, de cada abraço sem fim, falta das risadas, falta da cumplicidade que crescia a cada instante, falta do olhar admirador, dos sorrisos, da timidez, das 28 chamadas perdidas que seriam só pra dizer que estava com saudade, dos assuntos insanos que nos aproximava cada vez mais, falta da falta que você não me fazia. Não é correto aceitar que o nosso "eu te amo" encontrava-se extremessido, logo o nosso, tão nosso, "eu te amo"! Aquele que não era acompanhado do muito, pois nele próprio havia toda intensidade necessária pra nos manter firme, aquele que eu julgava ser a nossa base, aquele que nós precisávamos ouvir toda vez antes de dormir para dormir. Não procuro soluções, só queria que estivesse aqui comigo agora e para toda vida. Talvez esse querer tenha sido o meu erro... ou não.